"O poeta é um fingidor/Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor / A dor que deveras sente."
(Fernando Pessoa)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Do you miss me?


Quando os primeiros raios de sol beijam seu rosto.
Quando a água do mar toca seus pés.
Quando ouve a música perfeita.
Quando a lua e as estrelas parecem se posicionar estrategicamente.
Do you miss me?
De madrugada, quando o calor percorre o seu corpo.
E você se lembra o que é amar com prazer.
Quando sorri envolto em seus pensamentos.
Quando tem raiva de se sentir assim.
Do you miss me?
Quando não há mensagens secretas.
Quando os poemas perdem o significado.
Quando as canções não fazem tanto sentido.
Quando recorda que já foi feliz.
Do you miss me?
Well, I miss you.
It hurts.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Devolva-me.


Ah amor...
Devolva-me o que a mágoa roubou.
Quero voltar a crer.
Estar nos braços de alguém.
Ter uma música só minha.


Ah amor...
Devolva-me o que o tempo apagou.
Quero andar de mãos dadas.
Reconhecer minha história num romance.


Devolva-me!

Limiar.


Entre o concreto e o abstrato.
O palpável e o intocável.
Já não compreendo se o dia é a realidade,
Ou se minha vida são as noites que divido contigo.

Na fronteira da loucura.

Solidão.

Existe um tipo de solidão que é especialmente mais dolorosa que as outras...
Teu corpo rodeado de pessoas e tua alma vazia.
E te dizem: Olha como o mundo é colorido e feliz!
Mas tu sabes, lá no fundo, que ele é escuro e cinza.
Naquele lugar onde só você mora. Ninguém mais.

Tentas em vão deixar alguém abrir o portão e soltar as tuas amarras.
Mas ninguém é bom o bastante. Ninguém te tocou “daquele jeito”.
Então permaneces só.
Tu e teus pensamentos.
Tu e tua solidão mais dolorosa que as outras.

E não importa quantas vezes te digam que a tua realidade irá mudar.
Tu sempre voltas para o mesmo lugar. Escuro e cinza. Sozinho e triste.

Talvez olhar o mundo sob uma perspectiva pessimista seja a tua armadura...

É... Existe um tipo de solidão que é especialmente mais dolorosa que as outras...

A que escolhemos viver.

Onde a chuva nunca cessa.