"O poeta é um fingidor/Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor / A dor que deveras sente."
(Fernando Pessoa)

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Sutil diferença.



Fim de tarde na praia. Músicas, drinks e o calor do verão. O clima de romantismo no ar, me fazendo acreditar que todos os detalhes do mundo estavam ali apenas com um propósito: minha felicidade!!!
Não é assim mesmo? Quando estamos amando o mundo existe simplesmente em nossa função, nos tornamos o umbigo do universo!
Bom, eu estava me sentindo assim. E você - me olhando como se estivesse apaixonado pela primeira vez – contribuía consideravelmente para isso.
O vento alisou suavemente os meus cabelos enquanto você segurou a minha mão e afirmou com firmeza que seu eu fosse embora, ficaria apenas o vazio.
Você olhou dentro dos meus olhos: - Não, eu não tenho mais ilusões de garoto, não procuro um grande amor, mas uma companheira. Você pode ser essa companheira. Você me faz feliz.
O que eu não compreendo é: por qual razão você disse companheira, quando na verdade você queria dizer companhia.
Sutil, mas dolorosa diferença.