"O poeta é um fingidor/Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor / A dor que deveras sente."
(Fernando Pessoa)

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Saudade.

Saudade faz pensar. Faz querer. Desejar.
Saudade dói no peito. Dói no corpo. Dó da alma.

Fico alguns dias sem ti e sinto falta de tudo. Do sol nos chamando para o amor. Do bom humor ao fazer o café. Do filminho no sofá. Da tua cara carrancuda que se abre num sorriso (aquele que eu digo que te deixa lindo e me olhas incrédulo). Das palavras ditas. Das sussurradas. Dos olhares intensos. Dos beijos incríveis.

...

Até do silêncio sinto falta.

...

Pensei em ti todos os dias. Conversei contigo. Te contei piadas. Mostrei um vestido lindo no shopping para gente ir naquela festa. Peguei um encarte de turismo e planejei uma viagem. Passeei de mãos dadas na praia. Ouvi músicas. Te distribuí meus melhores sorrisos.

...

Esta semana preenchi o vazio da saudade superlotando meus dias com o desejo da tua presença.

Gosto de tu.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Casamento.

Em uma dessas noites, entre filmes, risos e goles de coca-cola ela perguntou a mim: Como você vê o casamento após tudo o que passou? Você acredita? Será que é assim com todo mundo? Ao que respondi: Claro que acredito! Quando vejo a troca de olhares entre vocês dois, a cumplicidade, as brincadeiras, tudo... posso afirmar com certeza que aí existe amor. E que é pra vida toda.

Amor é muito mais que mãos dadas. Muito mais que desejo. Amor é projeto de vida. É exercício diário. É acreditar em sonhos. É saber que eles se realizam.

Certa vez vi num filme: Por que as pessoas se casam? As pessoas se casam, pois precisam de alguém para testemunhar suas vidas.

É assim mesmo... Precisamos saber que fazemos a diferença nesse mundo enorme. E quem melhor do que nossa alma gêmea para nos fazer entender isso todos os dias?

Que o amor reine ainda mais na vida da minha irmã e do meu novo irmão. E que lá na frente, quando estivermos velhinhas, curtindo nossos netos, possamos olhar para trás e ver que testemunhamos apenas felicidade!

Parabéns aos meus amores.


A trilha dessa cartinha (que não sofreu edição dessa vez), fica por conta da música que poderia ter sido minha e poderia ter sido sua e que no fim, é de nós duas!


quarta-feira, 24 de abril de 2013

Guarde.


Os versos que eu escrevi.
As cartas que eu mandei.
As noites em que te amei.
Meus olhos quando acordei.
Guarde dentro do seu peito.
Naquele lugar inviolável.

Tudo o quanto foi meu eu guardei.
Esperando...
Sonhando...
Planejando...

Quebrando a cabeça mil vezes.
Virando o avesso do anverso.
Mas sem nunca deixar de preservar,
o que há de melhor em você.

Que eu tenho tanto amor pra te dar,
Que se você deixasse (Ah! Se você deixasse!)
Eu iria te invadir.
E não iria existir invólucro no mundo para conter
tamanha felicidade!

No dia que você alcançar a compreensão.
Que possuir é o mesmo que não ter.
Nosso amor vai estar em paz.


sexta-feira, 1 de março de 2013

Obsessão.

Na sua ausência costumava sentir saudades. Agora sinto angústia. Agora vejo fantasmas. Repasso fatos, frases e pessoas. Crio teorias conspiratórias que fazem todo sentido. Concateno evidências ilógicas numa cadeia de raciocínio perfeita. Vigio, pesquiso e me perturbo. Encontro o que não gostaria (ou o que na verdade, não existe) e me acho tola.
As idéias tornam-se fixas. O sopro é vendaval. A onda é maremoto. O trabalho é exaustão. O ruído é insuportável. A preocupação é obsessão.
Com pesar, constato que preciso te ter ali - ao alcance das mãos - para te sentir meu.
Enquanto você não retorna, vou infligindo a minha alma uma sessão de torturas terríveis.
E suplico aos céus pela tua volta para me desvencilhar dessa camisa de força e me trazer alguma paz.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Folheando o livro.



E você chega para me falar que eu ainda não contei tudo. Que há fatos sobre a minha vida que eu escondo. Que eu subtraio informações. Que não sou inteiramente verdadeira. Desafio você a me perguntar. Prefiro que me fale espontaneamente – diz. E eu realmente fico sem saber com qual objetivo. Mas faço uma ligeira idéia.
Acho que no fundo (e na superfície também) você sempre espera o pior de mim. É seu mecanismo de defesa. Sua fuga do meu amor. Sua maneira de criar uma fortaleza para se proteger de mim. E de você mesmo. Dessa forma, acredito que espera fervorosamente que algo que eu diga, atinja seu coração num nível em que se torne fácil deixar-me.
Você me passa uma imagem de quem está numa corrida desesperada para desatar todos os nós que nos prendem. Concentra-se muito mais nas impossibilidades do que nas possibilidades. Valoriza os defeitos e suprime as qualidades. Nenhum momento feliz parece ser bom o suficiente, na medida em que nunca deixa uma sensação duradoura, ao passo que os ruins, esses sim deixam marcas profundas.
Claro que não conservo um pensamento tolo, de achar que poderíamos viver um amor de conto de fadas todos os dias (embora tenhamos momentos nos quais acontece), mas prefiro ver a vida sob uma ótica bem mais otimista: se nos gostamos, ficamos juntos. Se fizermos felizes um ao outro, permaneceremos unidos. Simples assim.
Ainda assim, pretendo abrir o livro da minha vida para você e mostrar as páginas não lidas (inclusive colando algumas que foram arrancadas). Porém, não pretendo revelar segredos, esclarecer inverdades, nem fornecer armas para que possa alimentar seus medos e bater em retirada. Farei isso, para que me desvende, colocando minha vida em suas mãos, fazendo com que entenda de uma vez por todas que depois que seu caminho cruzou com o meu, nossas vidas mudaram. Para melhor. E se depender de mim, até o fim.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Back together.



“Ah, se já perdemos a noção da hora, se juntos já jogamos tudo fora...”


Voltamos.
Melhores do que antes.
Verdadeiros como nunca.
Felizes.
E loucos.

Voltamos.
Irremediavelmente desconfiados.
Furiosos.
Miseráveis.

Voltamos.
Alucinadamente apaixonados.
Perdidos de amor.
Sedentos de carinho.

Voltamos.
Por que estando longe, descobrimos que não somos.
Dois, somos um.