"O poeta é um fingidor/Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor / A dor que deveras sente."
(Fernando Pessoa)

segunda-feira, 21 de abril de 2014

The end.

Você já se sentiu expectador de sua própria vida? Sabe quando tudo caminha para seu desfecho?  Já sentiu a dor de perceber que nada pode fazer para impedir que a história siga seu rumo e o inevitável aconteça?
Ok. Você pode me responder agora que eu sou pessimista, que a coisa não é bem assim, que tudo na vida tem jeito. Eu só vou ouvir blá, blá, blá.
Sabe o que é? Já vi esse filme. Em muitas salas e sessões. Com trilhas e personagens diferentes. Mas sempre com o mesmo enredo. E o que é pior: com o mesmo final, meu bem.
Enquanto estou nesta película (ainda), posso sentir seu dedo em riste, me acusando das mais variadas maneiras - como só você sabe fazer. Quer saber? Já não me importo. Estamos naquela parte onde - com uma música melancólica ao fundo - eu percebo quanto tempo perdi tentando compreender (e amar) você.
Quando te conheci achei que essa era uma comédia romântica, acredita? Desenhei cenários perfeitos. Criei situações encantadoras. Danças malucas. Pares perfeitos e amores ao luar. E a trilha? Ah! Escolhida para fazer emocionar. Tudo em vão...
Devo dizer que este é mais um filme Cult. E neles, não há final feliz.
Quando as letrinhas começarem a subir, já estarei comprando outros bilhetes, escolhendo outras canções, compondo outros poemas... E nem adianta esperar pela faixa bônus.