"O poeta é um fingidor/Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor / A dor que deveras sente."
(Fernando Pessoa)

sábado, 17 de dezembro de 2011

A parte que me cabe II


Soube de você ontem.
Difícil descrever em palavras a dor que aperta meu peito.
Impossível impedir que a menor lembrança de tudo o que eu vi não me traga lágrimas aos olhos.
O mundo parece estar encolhendo. Tento em vão procurar um lugar onde me sentir em paz, mas já não tenho chão.

Pois esta é a parte que me cabe: nada.

Talvez, do alto da sua sabedoria, você saiba o que foi feito...
Você provavelmente está realizado em me ver assim.

Deixe o restante ao meu encargo. 
Junto os pedaços. Recolho os sonhos. Guardo os sorrisos. Afogo a esperança.

Ah como eu gostaria de não depender do seu amor!
Como eu gostaria de não chamar de perfeição todos os momentos que passo ao seu lado.
De não sentir minha alma em brasas quando o toque das suas mãos percorrem o meu corpo.

Dor emocional que se converte em física. Meu corpo padece. Minha alma chora.

Então saiba: sua missão finalmente foi cumprida.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Do you miss me?


Quando os primeiros raios de sol beijam seu rosto.
Quando a água do mar toca seus pés.
Quando ouve a música perfeita.
Quando a lua e as estrelas parecem se posicionar estrategicamente.
Do you miss me?
De madrugada, quando o calor percorre o seu corpo.
E você se lembra o que é amar com prazer.
Quando sorri envolto em seus pensamentos.
Quando tem raiva de se sentir assim.
Do you miss me?
Quando não há mensagens secretas.
Quando os poemas perdem o significado.
Quando as canções não fazem tanto sentido.
Quando recorda que já foi feliz.
Do you miss me?
Well, I miss you.
It hurts.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Devolva-me.


Ah amor...
Devolva-me o que a mágoa roubou.
Quero voltar a crer.
Estar nos braços de alguém.
Ter uma música só minha.


Ah amor...
Devolva-me o que o tempo apagou.
Quero andar de mãos dadas.
Reconhecer minha história num romance.


Devolva-me!

Limiar.


Entre o concreto e o abstrato.
O palpável e o intocável.
Já não compreendo se o dia é a realidade,
Ou se minha vida são as noites que divido contigo.

Na fronteira da loucura.

Solidão.

Existe um tipo de solidão que é especialmente mais dolorosa que as outras...
Teu corpo rodeado de pessoas e tua alma vazia.
E te dizem: Olha como o mundo é colorido e feliz!
Mas tu sabes, lá no fundo, que ele é escuro e cinza.
Naquele lugar onde só você mora. Ninguém mais.

Tentas em vão deixar alguém abrir o portão e soltar as tuas amarras.
Mas ninguém é bom o bastante. Ninguém te tocou “daquele jeito”.
Então permaneces só.
Tu e teus pensamentos.
Tu e tua solidão mais dolorosa que as outras.

E não importa quantas vezes te digam que a tua realidade irá mudar.
Tu sempre voltas para o mesmo lugar. Escuro e cinza. Sozinho e triste.

Talvez olhar o mundo sob uma perspectiva pessimista seja a tua armadura...

É... Existe um tipo de solidão que é especialmente mais dolorosa que as outras...

A que escolhemos viver.

Onde a chuva nunca cessa.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Rimas bobas. Bobas rimas.

 Quero escrever
Sobre a história de nós dois
Pode ser vulcão
Pode ser feijão com arroz
...
Quero te falar
Da falta que me faz
Quando perto, acho pouco
Quando longe, quero mais
...
Quero que entenda
Como é amar você
Às vezes é amizade
Às vezes é bem-querer
Às vezes tenho certeza
Que não vivo sem te ver
...
Não preciso estar aqui
Sou livre, sou passarinho
Mas sonho acordada
Me perder em teus caminhos
...
Cortei as minhas asas
Já não quero mais voar
Adormeci nos teus braços
Encontrei o meu lugar
...
Quero escrever
Sobre a história de nós dois
Felicidade agora!
Não depois

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

In.


Insatisfação. Inadequação. Inexistência. Impermanência. Incompletude.
Infelicidade...
Reação? Silêncio.
Ainda que possua o dom da palavra... silêncio!
Insegurança. Incredulidade.
Inércia...
Calo-me e espero progressos?
Incoerente.
Inconcebível.
Insuportável.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Amores reais.

E daí se você criou expectativas.
E daí se você fez projeções.
O que importa se você elevou seus padrões e o ordinário já não te serve mais?
Acorda garota!
Acorda que esse amor romântico só existe nos livros que você leu.
Desejos reais. Amores mais ainda.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

De vez em quando.

De vez em quando, diz...

De vez em quando vou gostar de você.
De vez em quando não!
De vez em quando vou afastar seus cabelos e beijar sua nuca.
De vez em quando a visão da sua nuca indo embora me trará sossego.
De vez em quando sua chegada soará como uma linda melodia.
De vez em quando a melodia estará na sua partida.
De vez em quando serão lindos sonhos povoando a minha mente.
De vez em quando serão fantasmas.

De vez em quando, diz...

De vez em quando vou te chamar.
De vez em quando vou te beijar.
De vez em quando vou te querer.
De vez em quando vou te amar.

De vez em quando, diz...

Certamente sabe que estarei aqui...

de vez em sempre.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Descomplicado amor.

Amor simples.
Amor que completa.
Amor descomplicado.

Seria bom não é?
Seria perfeito!

Nada de intrigas, ciúmes, desconfianças...
Nada de senões, dúvidas, preconceitos...
Apenas amar... pura e simplesmente amar!

Sem regras, nem porquês.
Sem sombras, nem talvez.

Como beber um copo d’água.
Como o ar que enche os pulmões.

Elementar, automático, vital.
Espontâneo, claro e direto.
Aparente, evidente e óbvio.


Felicidade!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Nada ficou no lugar.

Tive certeza de quase tudo.

Mas “quase tudo” talvez não fosse.

Transitei com segurança.

Minhas mãos já não encontram espaço.

Pequenos gestos assumiam grandes proporções...

A ausência de gestos agora me apavora.

Afirmei com propriedade que era tua.

Será que ainda tenho posto? Ou fui deposta?

Nunca houve distância entre nós.

Agora criou-se um precipício.


As certezas despencam...

Com descontentamento observo:

o que resta é mágoa.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amigos.

Aos que estão ao alcance das mãos.
Aos que estão a léguas.
Aos que se foram.
Aos que nunca irão.
Aos que passaram tão rápido.
Aos que dividem as madrugadas, curtindo um som e aliviando a solidão.
Aos que fiz no trabalho.
Aos que partilharam lágrimas e sorrisos.
Aos que cresceram comigo.
Aos que ainda estão crescendo.
Aos que são da família.
Aos que considero família.
Aos que nunca nem vi.
Aos que dormem na mesma casa que eu.
Aos meus pais.
A todos - todos vocês - um feliz dia do amigo.

Porque tenho amigos e sou feliz!

sábado, 25 de junho de 2011

Para você.


Para o riso e para o pranto.
Para o silêncio e para o canto.
Para a ordem e para a tormenta.
Para o insondável e para o superficial.

Eu. Para o que der e vier.

Para você.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Pedaços.


Um. Dez. Mil. Milhares.
Estão ali. Todos eles. Os pedaços do meu coração.
Recolherei todos.
Não preciso da sua comiseração.
 
Há quem diga que nunca conseguimos consertar o que se quebrou.
Sempre vai faltar algo.
 
Assim espero.
Que fiquem de fora todas as referências a você.
Essas lacunas preencherei com felicidade. 
Estado que a sua incompetência não me permitiu alcançar.

sábado, 11 de junho de 2011

Desculpa.


Desculpas… Desculpas… Desculpas???
É uma palavra que não combina com o amor... Não! Nunca!
Um amor que precisa se desculpar não me parece perfeito. Nem justo.
Deve ser simples. Sereno. Leve. Feliz. Utópico?

Desculpas... Desculpas... Desculpa.
E aquele coração que ousou sonhar, planejar, viver um conto de fadas... volta-se para si mesmo... Cansado. Sozinho.
E o céu de cores torna-se cinzento. E chove.
Não! Não é chuva! São lágrimas... dói.
O céu de cores é constante. A variável são os olhos.

Desculpas... Desculpas... Desculpa.
E naquele livro: “Sinto muito. Decidi. E você ouviu bem. Desculpa, mas vou te chamar de amor”. (Frederico Moccia)

Um amor que precisa se desculpar não me parece perfeito. Nem justo. Repito.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Eu te amo.

Eu preciso dizer que te amo.
Mais uma vez, e sempre, e com tamanha intensidade
Que ao menor sinal de dúvida
Você possa se agarrar a certeza do meu amor

Eu preciso dizer que te amo.
Para apagar, de uma vez por todas
Os dias ruins
As palavras mal ditas
O sofrimento
A angústia

Eu preciso dizer que te amo.
Para que um dia
Em meio à solidão
Essa frase seja aquilo
Que acalma teu coração

Eu preciso dizer que te amo.
Ao mesmo tempo em que
Minhas pernas agarram teu corpo nu
E você, mesmo que queira
Seja incapaz de fugir

E por fim,
Eu digo EU TE AMO!
Como nunca amei outro homem
Porque você, e só você
Me virou pelo avesso
E me trouxe novamente à vida!

sábado, 28 de maio de 2011

Borboleta.

Ahhh borboleta!
A insígnia da mulher posso dizer… quanta leveza!
Quando pousa em mim, à luz do sol até parece ter consciência de que o teu papel deve ser desempenhado com graça e que teu movimento é quase sinfônico...
E se eu posso ser flor, entao vem! Me admira! Admira meu trabalho e minha formosura!
E num misto de vaidade e orgulho fique aqui parada... esperando.Vou registrar para a eternidade em mim a sua perfeição...afinal o Universo conspira a favor... surgem luzes, cores e formas, compondo harmonicamente o cenário ideal para retratá-la.
E a partir de agora, minha cara, a beleza possui tradução.

Fonte: http://br.olhares.com/id-37_foto3770793.html 

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Carrasco.

Tens me seviciado.
Tens roubado meu ar.
Tuas reflexões estão sugando a minha essência.
Tua incredulidade me deixa perplexa.
Tuas palavras me atordoam.
Teu dedo acusador.
Tua busca incessante por meus erros.
As teorias a respeito de quem sou.
Noites de vigília a me espreitar.
E em meio as tuas ‘descobertas’, sofro.

Tu chamas de amor.
Batizei de tortura.

domingo, 8 de maio de 2011

Divino presente.

Fico pensando o quanto de mim vem de você... já fui parte de você, eu sei.
Será o sorriso eterno? A alma que nunca entristece? Essa capacidade de amar sem limites? Ou ainda essa enormidade de “coisas” que você fala e faz a minha vida ganhar sentido?

Fico pensando o quanto de mim há em você... já fui parte de você, eu sei.
Será minha capacidade de dar a volta por cima, me reinventar e começar tudo outra vez? Talvez meu lado espirituoso, que faz piada até quando tudo vai mal?

Já fui parte de você, já fui parte de você...

E o que carrego de você em mim: Divino presente!

Feliz dia das mãe, Mômis.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Nomenclatura do amor.

Te amo. Gosto de você. Te quero. Te adoro.
Mesmo ditas na hora certa, com a entonação adequada, não passam de palavras.
Apenas palavras.
Fazem parte da nomenclatura do amor. Pois não seremos os primeiros nem os últimos a sentir as tais “borboletas no estômago”...
Quando nos apaixonamos, sentimos a necessidade de gritar ao mundo o nosso amor, não é verdade?
Nessa hora, o amor precisa de letras, formas e regras para que os enamorados encontrem meios de se expressar.
E onde fica a espontaneidade nesse emaranhado de normas e firulas? E o sentimento?
Palavras podem ser muito pouco em determinadas ocasiões...
Aí é que está a grande sacada da coisa: palavras podem não ser apenas palavras! Quando aliadas àquele brilho no olhar, àquela mão que se encaixa perfeitamente na outra, àquela sensação de felicidade, as palavras e sentimentos convergem...
 E então, viva! Você está amando! Já é hora de mandar todas as regras pro espaço!
Porque o que vale mesmo no final do dia é se aquele beijo espontâneo, aquele abraço apertado e aquele nó na garganta que agente fica quando se despede, é real.
Essa sensação de querer bem não tem como traduzir em língua alguma desse planeta.
Você pode amar, querendo, gostando, ardendo, adorando...
Pouco importa a terminologia utilizada, porque o amor utiliza linguagem universal e própria .

sábado, 23 de abril de 2011

Me perco.

Encontro em você traços de mim.
Encontro no seu ombro paz.
Encontro no seu sorriso uma alegria sincera.
Encontro em seus beijos paixão e ternura.
Encontro em sua inteligência um mundo a explorar.
Encontro nas suas certezas apoio.
Temo pelo que está por vir... serão dias complicados.
Mas de tanto encontrar felicidade nos teus caminhos, suavemente, me perco.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Tolice sensata.


Deixa eu te falar sobre o acaso...
Universo de probabilidades improváveis.
Deixa eu te falar sobre a paixão...
Tolice que impressiona pela sensatez.
Deixa eu te falar sobre o amor...
Simplicidade permeada pelo complexo.
Deixa eu te falar sobre viver com você...
Paradoxo perfeito!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Sobre mim II

Um amigo me disse uma vez: Escreva quando você estiver feliz também! Escreva sobre tudo!
Me pus a pensar... Será que minha inspiração é a tristeza? Será que minhas lições terão sempre que vir através da dor?
É o que minha vida tem sido. Um eterno “ressurgir das cinzas”. Concluo que a composição da minha personalidade foi baseada nas adversidades. Então não seria diferente com meus poemas, verdade?
Mas isso não quer dizer que eu seja um poço de murmurações... Oh! Não! Claro que não!
Tenho tanto a agradecer...
Às vezes me sinto como a “Poliana” – daqueles livros que um dia eu li – serei agradecida até quando sou acometida por algo ruim.
...

Aos que estão longe e partem meu coração... Quando há saudade, há também amor.
E aquela pessoa que foi embora e deixou uma situação mal resolvida? Não existiria o romance se não existissem os acasos, não é mesmo?
Os planos de construir uma família que deram errado... Não fossem eles, não saberia o grande prazer que é ser mãe.
Os cursos que não terminei... Talvez minha habilidade de raciocinar não fosse a mesma.
Aquele bandido que me amedrontou e levou o que eu tinha... Fez-me ver a importância das pessoas que estão ao meu redor.
A minha doce loucura... Não encontraria disposição para viver um grande amor.
...

Sem as trevas, como eu entenderia a luz?
Derramei lágrimas e compreendo o valor do sorriso.
Provei do descaso e hoje saboreio a atenção.
Apanhei e agora tenho mãos protetoras que me cercam.
...

Afinal, minha “musa” pode ser a tristeza...
Mas, com a mesma intensidade que experimento das intempéries da vida, aproveito cada segundo dos bons tempos!
Recuso-me a ser feliz apesar dos pesares.
Serei feliz e ponto.

quarta-feira, 23 de março de 2011

A felicidade veio sem você.

Ontem mesmo você estava ali...
Engraçado como o que parecia certo agora já não se encaixa.
Ou como diz aquela canção: “o que era já não era mais”.
E sabe aquela sensação de algo está faltando? Já não a tenho.
Tudo está no seu lugar...
Estranho não é mesmo?
Eu não acho.
Estranho era antes, quando eu vinha em último plano.
Quando eu suplicava.
Quando o amor era via de mão única.
Penso na música de novo...
“O que antes eu não entendia, agora é ouro pra mim!”
Sofri. Chorei. Aprendi. Me amei. Cresci.
Nada mais de tiro no pé.
“Lindo! Tô que nem criança!”
A felicidade veio me encontrar sem você.

terça-feira, 22 de março de 2011

Doce de amor.

Minha tia faz um doce de leite!!! 

Fico imaginando os segredos da sua receita.

Ao prová-lo, sou levada àquela parte da minha vida onde não havia preocupações. Dias em que a vida tinha o colorido e o sabor que eu desejasse. Dias em que as alegrias eram as mais sinceras.

O doce vem com a voz da minha vó – diga-se de passagem, a autora da receita – me ensinando o “be-a-bá”. Posso até ouvi-la. Juro que sinto o seu cheiro e me lembro do seu rosto.

Pode um simples doce me remeter ao que minha vó me ensinou? Fazer lembrar o aprendizado das primeiras letras? Letras ontem, hoje poemas.

Meu avô também está. Brilhante, literalmente Brilhante, com suas frases de efeito: - Difícil não é ser, é permanecer sendo. Acho que ele tinha um quê de Shakespeare...

E é difícil mesmo "permanecer sendo", quando o mundo quer exatamente o oposto.

Preciso dizer isso a ela - a minha tia querida: As horas que você "perde" fabricando essa delícia são diretamente proporcionais a alegria gigantesca que eu sinto ao prová-la.
Meus eternos agradecimentos por este doce de leite, digo, doce de saudades. 

Ahhh saudades...
Saudades com gosto de doce de leite... que poderia bem ser chamado de doce de amor!

Bença vó?

domingo, 20 de março de 2011

Palavras.


Sempre achei que era boa com as palavras.
Hoje descobri que na verdade faço mau uso delas.
Uso-as como um domador usa seu chicote.
Junto letras para atravessar a alma das pessoas como se meu verbo fosse uma navalha.

Não me apetece saber que uso esse poder.
Me atordoa, quem eu amo sentir-se num pesadelo com o que tenho a dizer.

Não deveria ser assim.
O que sinto e arranjo em versos deveriam ser como um alento.
Minha prosa deveria soar como música.

Já que não é assim, decido – entre lágrimas – silenciar-me.
Que tudo aquilo que eu tenha a dizer – se não for pra fazer feliz – fique armazenado em mim.
Porque se for para trazer escuridão, que elas existam apenas na minha cabeça.
Nela, eu posso trabalhá-las e transformá-las.

terça-feira, 8 de março de 2011

Dia comum.

Hoje foi um dia comum.
Falei bobagens, ri de bobagens e gostei delas.
Vi passarinhos ‘estrategicamente posicionados’ cantarolando o amor.
Ouvi histórias com um interesse genuíno.
Andei de mãos dadas e troquei beijinhos.
Abracei e me aninhei.
Fui apenas enamorada.

Dia comum...
Escolhi o óbvio.
Não fiz coisas extraordinárias.
Não ultrapassei limites.
Fui apenas uma namorada.

Fui feliz!

Thank you so much LC!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Talvez.

Talvez seja isso mesmo
Talvez meu amor tenha que ser vivido assim, no escuro
Meus gritos tenham que ser baixinho
E meus sussurros urrados

Porque o que você precisa é de uma sacudida
É de um amor que é capaz de matar ou morrer
O que você precisa é do desejo, do fogo
É explorar lugares em você
Que nem fazia idéia que existiam

Talvez seja isso mesmo
Talvez seu amor tenha que me ser confidenciado assim, às escondidas
Seus berros só aos meus ouvidos
Com seus instintos deixando marcas pelo meu corpo

Porque o que eu preciso é da calmaria
É de um amor que me proteja
O que eu preciso é do afeto, do carinho
É explorar sentimentos em mim
Que eu nem fazia idéia que existiam

E nessa alternância entre desejo e sentimento
Talvez agente possa encontrar forças
Pra fazer o mundo descobrir sobre nós dois
Talvez agente descubra
Que o mundo não precisa saber


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Back on track.

Eu sabia. Eu sabia. Eu sabia.
Um martelo. Um mantra. Aquela música que não sai da sua cabeça.
Eu sabia. Eu sabia. Eu sabia.
É notável como não aprendo com meus erros.
Quantas vezes será preciso que eu deslize?
Quero bater minha cabeça na parede mil vezes se for necessário.
Vou reconstruir meu coração – que ele se converta em rocha.
E que todas as células do meu corpo trabalhem com um único propósito: Me entregar jamais!
Por que de ‘mal de amor’ eu me recuso a padecer.
Back on track.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Dois lados.


Forjei minha personalidade na razão.
Não poderia ser diferente. Foram dias insólitos. Pessoas cruéis. Fatos revoltantes.
Fiz escolhas lógicas. Dei passos calculados. Tomei atitudes sensatas.

Sou racional. Pondero. Decido.

Forjei minha alma na emoção.
Não poderia ser diferente. Foram dias felizes. Pessoas amáveis. Fatos inesquecíveis.
Fiz escolhas bobas. Dei passos no escuro. Tomei atitudes impulsivas.

Sou sentimental. Me jogo. Duvido.

Dois lados que convivem harmoniosamente.
Resta saber se você pode conviver com eles.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Don´t worry baby

Não vou pedir mais do que você pode oferecer.
Naquela festa – dançando como se nada mais importasse – não pensarei que você deveria estar presente, tendo a certeza que o movimento dos meus quadris lhe pertence.
Na conversa de bar – defendendo minhas opiniões – não lamentarei que a minha paixão por meus ideais não desperte a sua admiração.
Nas caminhadas na praia – o mar beijando meus pés – não sentirei falta da sua mão na minha.
Quando eu acordar – olhos sorrindo – não pensarei que minha primeira visão do dia deveria ser você.
Nas minhas divagações – estado de absoluta paixão – não vou querer possuir sua vida.

Desejarei fervorosamente que o possível seja sempre suficiente.
E não sendo – o que parece ser a tendência – que cobiçar o impossível não me destrua o coração.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Sujeito.


 
Era sujeito simples. Tão fácil de decifrar... exposta. Sem nada a perder.
Pensava... eu era o próprio verbo.

Acontece que simplicidade não é para mim. Sou complexa. Intensa. Me permiti viver a experiência de ser sujeito composto. Agora, minha ação possuía vários núcleos.
Compreendi o que era felicidade. Breve momento.

Durante algum tempo fui sujeito indeterminado. Minha identidade não explícita.
Período difícil...noites solitárias, intermináveis...

Tornei-me sujeito inexistente. Meus sentimentos e vontades não existiam para o outro.
Aprendi que a tristeza tem um sabor medonho. Sabor de sangue na garganta...travo.

Foi uma jornada e tanto. Tamanha experiência não me preparou para ser o sujeito implícito. O que anda nas sombras.


Eu, sujeita ímplicita...
Sujeita à você...
Das mais variadas formas...
Estado de dependência!
Até quando?

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Sentidos.


Mãos percorrem meu corpo como se quisessem decorá-lo.
Olhos que parecem me buscar todo o tempo.
Beijos me passam a impressão de querer consumir-me.
Cheiros despertam em mim uma vontade desenfreada.
Sussurros me fazem sentir uma mulher incrivelmente desejável.

Minutos intensos. E tensos. Indubitavelmente tensos.
Estou ávida que esses minutos se convertam em horas.

Tenho sede de você.
Vou te confidenciar meus segredos mais íntimos.
Irei tocar teu corpo e penetrar tua alma.
Meu olhar não vai se desviar do teu um instante sequer.
E meus perfumes ficarão entranhados na tua pele.


Porque dessa paixão quero explorar todos os sentidos.
Até a exaustão.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Resoluções

2010 nos fez par.
Fui criada em cinco. A crueldade deste mundo nos fez quatro.
Éramos três mocinhas. Hoje nossa escadinha só tem dois degraus.
Escolhi viver em três.  Quis a vida que ficássemos em dois.
E para que ficássemos em par se fez necessário vivenciar uma agonia infinita.
Mas enfim, somos pares. E dizem que ser par é melhor. Que traz sorte.
Talvez a sorte venha mesmo, talvez 2011 (que ironicamente é ímpar) nos traga o gostinho do que é a real felicidade.

Porque ser par é ser igual. É poder dividir sem quebrar. 
Fomos iguais na dor, seremos também na alegria.
Dividimos lágrimas, agora dividiremos bênçãos.

Posto isso, faço minhas resoluções de ano novo:
Prometo me dedicar para que os quatro distribuam os melhores sorrisos.
Prometo que as duas mocinhas não vão se separar nunca.
Prometo cuidar para que os dois se amem incondicionalmente e se completem.

Porque 2010 nos fez par.
E sendo pares, permaneceremos lado a lado.
Em busca dessa tal felicidade.