"O poeta é um fingidor/Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor / A dor que deveras sente."
(Fernando Pessoa)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Nada ficou no lugar.

Tive certeza de quase tudo.

Mas “quase tudo” talvez não fosse.

Transitei com segurança.

Minhas mãos já não encontram espaço.

Pequenos gestos assumiam grandes proporções...

A ausência de gestos agora me apavora.

Afirmei com propriedade que era tua.

Será que ainda tenho posto? Ou fui deposta?

Nunca houve distância entre nós.

Agora criou-se um precipício.


As certezas despencam...

Com descontentamento observo:

o que resta é mágoa.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amigos.

Aos que estão ao alcance das mãos.
Aos que estão a léguas.
Aos que se foram.
Aos que nunca irão.
Aos que passaram tão rápido.
Aos que dividem as madrugadas, curtindo um som e aliviando a solidão.
Aos que fiz no trabalho.
Aos que partilharam lágrimas e sorrisos.
Aos que cresceram comigo.
Aos que ainda estão crescendo.
Aos que são da família.
Aos que considero família.
Aos que nunca nem vi.
Aos que dormem na mesma casa que eu.
Aos meus pais.
A todos - todos vocês - um feliz dia do amigo.

Porque tenho amigos e sou feliz!