"O poeta é um fingidor/Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor / A dor que deveras sente."
(Fernando Pessoa)

terça-feira, 31 de julho de 2012

Pra recordar não, pra viver!

Essa semana uma pessoa de quem eu gosto muito me disse que antigamente os amores eram mais verdadeiros, que hoje as relações são superficiais e não há mais espaço para viver um grande amor.
Me pus a pensar, sabe? E por um momento (breve momento) creio que "comprei" essa idéia.
Eu, que já levei algumas cassetadas dessa vida, que já acreditei que o príncipe iria chegar num cavalo branco, que já beijei muitos sapos, que já chorei vendo comédias românticas.
Eu, que também já fui grosseira com quem gostou de mim, que já menti quando tudo que se esperava era a verdade...
Eu, que tenho muito daquilo que se chama "frio e superficial" talvez seja um espécime perfeito para exemplificar a teoria do meu amigo acima.
Veja bem, eu disse talvez.
Pois me recuso a acreditar que vou passar por essa vida sem entregar meu coração (que tem tanto amor a oferecer). Eu não quero e não vou viver o amor através das músicas e dos filmes. Esse amor teórico, que "era mais sincero antigamente". Ou ainda o "primeiro amor", que marcou a minha vida. Não me interessa. Esse amor eu rejeito. Eu abomino.
Quero viver o amor em sua plenitude. Quero me sentir linda (a mais linda de todas). Quero ser princesa (todas nós não merecemos ser princesas?). Quero saber que alguém perdeu a madrugada pensando em mim. Quero sorrir de felicidade... e que esse sorriso emocione o objeto do meu amor.
Por que o amor está aí. Está no ar. Nas pequenas coisas. Está naquela esquina esperando por mim. Está nas risadas. Na cumplicidade. No carinho. Naquela mão que percorre a minha nuca. E se eu ainda não percebi (nem você, caro amigo), não significa que ele não existe. Apenas, que não chegou a nossa vez!

Pra recordar não, pra viver!!!