"O poeta é um fingidor/Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor / A dor que deveras sente."
(Fernando Pessoa)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Nada ficou no lugar.

Tive certeza de quase tudo.

Mas “quase tudo” talvez não fosse.

Transitei com segurança.

Minhas mãos já não encontram espaço.

Pequenos gestos assumiam grandes proporções...

A ausência de gestos agora me apavora.

Afirmei com propriedade que era tua.

Será que ainda tenho posto? Ou fui deposta?

Nunca houve distância entre nós.

Agora criou-se um precipício.


As certezas despencam...

Com descontentamento observo:

o que resta é mágoa.

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