"O poeta é um fingidor/Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor / A dor que deveras sente."
(Fernando Pessoa)

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Colheita.

Fico pensando em todas as vezes em que pedi desculpas ao mundo por ser quem sou. Todas as horas em que senti o gosto amargo do fracasso.  Os momentos em que a genialidade dos meus pensamentos pareciam querer explodir este corpo tão pequeno.
A minha falta de sabedoria - e o excesso de soberba - não me permitiam enxergar que a vida nada mais é que caminhos, escolhas, renúncias e respostas...
Hoje - diante de boas novas que se avizinham - é que pude compreender que tudo é questão de perspectiva: todos os espinhos que me cortaram, todas as flechas que me lançaram e todo erro que cometi fizeram parte do processo que me levariam a apreciar o porvir.          
Daqui para frente minha estrada terá percalços,  claro. Mas sinto no íntimo que chegou a hora da colheita.

E estou preparada para me deliciar com os frutos.

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