"O poeta é um fingidor/Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor / A dor que deveras sente."
(Fernando Pessoa)

domingo, 28 de novembro de 2010

Meu olhar.


Eu achei que eu tinha um olhar penetrante
Mas depois daqueles momentos, trocando olhares com você
Percebi que essa história não existe

Não dá mesmo pra penetrar
Não tem como eu saber o que está se passando na cabeça do outro
Não tem como você saber também

Saber da minha insegurança
Dos meus medos
Da fragilidade da minha alma

Saber que naqueles instantes
Minhas certezas foram se esvaindo
E de repente eu já não tinha mais aquela segurança de antes

Era apenas como todas as meninas bobas
Que olham pro telefone o dia todo
E que fazem dancinha quando ele finalmente toca
Que passam o dia com um sorriso nos lábios
E que por mais que tentem esconder
Todos percebem que estão caidinhas

E logo, o meu olhar penetrante já era
E só ficou aquele, de boba apaixonada.

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